Reforma
Belo Horizonte - MG
Indicador natural da situação econômica do país, o setor da construção civil vem acumulando resultados negativos desde 2014. Somente em 2016, o Produto Interno Bruto (PIB) do segmento encolheu 5%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) compilados pela Câmara Brasileira da Construção Civil (CBIC). Para 2017, a previsão ainda é de queda de 2,5%.
Mas o cenário vai mudar ao longo do próximo ano, principalmente devido a queda na taxa Selic, que deve acumular redução de 7,5% até dezembro e incentivar a retomada dos investimentos no mercado imobiliário.
“Muitas pessoas têm dinheiro guardado no banco ou investido na bolsa porque está rendendo bem. No final do ano, com a redução na taxa de juros, elas vão começar a transferir para ativos reais. Pode ser um imóvel, ou a reforma da casa. O mesmo vale para uma empresa que vai ampliar sua indústria. Então o cenário deve melhorar bastante”, avalia o presidente da CBIC, José Carlos Martins.
Outro fator que deve influenciar o comportamento do mercado é a retomada das Parcerias Público-Privadas (PPP) por meio do Programa de Apoio às Concessões Municipais. Lançada pelo Governo Federal na última semana, a iniciativa recebe apoio da CBIC e vai disponibilizar R$ 11,7 bilhões para obras de infraestrutura como iluminação pública, saneamento e gestão de resíduos sólidos. “Acreditamos que a partir do ano que vem essas obras começarão a andar, fazendo de 2018 um bom ano”.
Práticas sustentáveis e inovadoras podem ser impulsionadas por um sistema tributário mais favorável. Além disso, tributação
menos complexa e facilidade de crédito às empresas possibilitam a geração de novos postos de trabalho, já que as empresas
gastam menos com produção e mão de obra.
O crédito empresarial é necessário para a capacidade de produção da economia, via sustentação do poder de compra das
empresas. O ideal seria o acesso rápido e barato ao crédito para atividades do dia a dia, como capital de giro para pagamento
de impostos e folha salarial. Além disso, as empresas dependem de linhas de financiamento para investimentos em máquinas
e equipamentos, ampliando sua competitividade.
Visando à movimentação do mercado imobiliário, é necessário um sistema de financiamento habitacional acessível e simplificado,
incentivando e sustentando a demanda da população por imóveis. Taxas de juros e tributação menores beneficiam
os financiamentos, aumentam a demanda, reduzem os estoques e elevam a oferta.
Neste cenário, a situação política do país apresenta instabilidade por um longo período, com alta da inflação e desemprego,
provenientes de decisões vulneráveis. A incerteza estaria diretamente relacionada ao enfraquecimento do governo, que não
consegue retomar a governabilidade.
O contexto de instabilidade política e econômica refletiria em maior desconfiança por parte das empresas, que investiriam
menos. Essa instabilidade afetaria diretamente os projetos de longo prazo do governo para a cadeia de construção, como
o PAC e o Minha Casa, Minha Vida. Nesse sentido, principalmente devido à instabilidade na política nacional, não haveria
quaisquer perspectivas de expansão nos investimentos, o que afetaria diretamente a indústria da construção.
A redução nos investimentos e nos incentivos do governo desaqueceria a economia, forçando as empresas a optarem
pela diminuição da contratação de mão de obra, ou até mesmo demissões. Em um cenário recessivo, as empresas revisam
ou até cancelam seus futuros investimentos. Essa situação geraria retração no número de empregados e queda nos salários
reais, o que afetaria negativamente a renda familiar.
Além disso, com a instabilidade, a situação de governo impactaria negativamente na economia, prejudicaria a produção do
país e o poder de compra da população.
/ Situação política desfavorável
Com o estímulo à atividade produtiva, com taxas de juros, tributação e crédito atrativos, o custo da construção tende a
diminuir.
Dessa forma, espera-se que a política e a economia estejam em sintonia, criando oportunidades de crescimento para o setor
da cadeia de construção.
Fontes: http://www.gazetadopovo.com.br/especial-patrocinado/crea-pr/industria-da-construcao-civil-vai-voltar-a-crescer-em-2018-diz-cbic-3ryqtb08fokqi5y67mzy2lqkg
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/saiba-quais-sao-os-cenarios-para-o-futuro-da-construcao-civil-ate-2018,ba2c54843636b510VgnVCM1000004c00210aRCRD
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